sábado, 16 novembro

HPV: Vacina para meninos

Texto por: admin 9 janeiro, 2017 Sem comentários

A vacina contra HPV, oferecida no Brasil, pode prevenir os cânceres do colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus e orofaringe, refletindo diretamente na redução dos casos de HPV, e também nas mortes provocadas pelo vírus.

Até o ano passado, a vacinação era feita apenas em meninas, sendo agora ampliada a imunização para os meninos na faixa etária de 12 a 13 anos. A vacina para os meninos de 13 anos está disponível até um pouco antes de completarem 14 anos, ou seja: 13 anos, 11 meses e 29 dias.

O Brasil é o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de imunizações.

Apesar de a conquista ser significativa, surgem muitas dúvidas. Diante disso, o Blog da Saúde (do Ministério da Saúde) traz uma série de respostas a questões levantadas, especialmente por mães.

  • Qual é o público alvo de vacinação contra HPV definido pelo Ministério da Saúde?
  • Meninos: Em 2017, a vacina HPV será disponibilizada para a faixa etária de 12 a 13 anos, considerando o intervalo de seis meses entre as doses. Mas até 2020, a faixa etária masculina será ampliada gradativamente para meninos a partir de nove anos de idade.
  • Meninos e homens vivendo com HIV/Aids: Em 2017 todos os homens vivendo com HIV/Aids entre nove e 26 anos, deverão receber a vacina, sendo o esquema de três doses (0, 2 e 6 meses). Nesses casos, é necessária a prescrição médica.
  • Qual é o número de doses que os meninos terão que tomar?

Para os meninos está disponível a vacina HPV quadrivalente, em duas doses. A primeira dose deve ser tomada entre 12 a 13 anos e a segunda, seis meses depois da primeira. Para a segunda dose, é importante entender que se a criança foi vacinada dentro do limite da faixa etária estipulada até 13 anos, ela terá que tomar a segunda dose ainda que já tenha completado os 14 anos.

Já para os meninos e homens vivendo com HIV/Aids é diferente.  Estão disponíveis três doses, com intervalo de 2 e 6 meses.

  • A vacina é por via oral ou é injeção?

É por via intramuscular, ou seja, injeção de apenas 0,5 ml em cada dose.

  • Quem já teve diagnóstico de HPV pode vacinar?

Pode, desde que esteja na faixa etária estipulada.  Existem estudos com evidências promissoras de que a vacina previne a reinfecção ou a reativação da doença.

  • Por que a vacina HPV não é introduzida para todas as faixas etárias no país?

A vacina é potencialmente mais eficaz para adolescentes vacinados antes do seu primeiro contato sexual, uma vez que a contaminação por HPV ocorre juntamente ao início da atividade sexual.

  • A proteção dura a vida toda?

Até o momento, o que se sabe com convicção é que a vacina pode proteger por nove anos, mas a imunidade relacionada à vacina ainda não foi determinada, principalmente pelo pouco tempo em que é comercializada no mundo, que é desde 2007.

Embora se trate da mais importante novidade que surgiu na prevenção à infecção pelo HPV, ainda é preciso aguardar o resultado de estudos em andamento para fornecer mais dados sobre a duração da proteção e necessidade de doses de reforço.

  • Os meninos e as meninas que recebem a vacina iniciam a vida sexual mais precocemente?

Não foram observadas evidências deste comportamento. Um número crescente de estudos quantitativos mostra, na verdade, que a vacinação não está associada à diminuição da idade do início das relações sexuais, assim como não foi observado aumento do número de parceiros sexuais em pessoas sexualmente ativas.

  • A vacina HPV pode ser administrada concomitantemente com outra vacina?

A vacina HPV quadrivalente pode ser administrada simultaneamente com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação (PNI), sem interferências na resposta de anticorpos a qualquer uma das vacinas. Quando a vacinação simultânea for necessária, devem ser utilizadas agulhas, seringas e regiões anatômicas distintas.

  • A vacina HPV provoca algum efeito colateral?

A vacina contra o HPV é uma vacina segura e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Já é utilizada como estratégia de saúde pública em quase 100 países que realizaram a aplicação de mais de 175 milhões de doses desde 2006, sem registros de evidências que pudessem pôr em dúvida a segurança dessa imunização.

Os eventos adversos mais comuns relacionados à vacina HPV são os mesmos relacionados às outras vacinas, como reações locais (dor, inchaço e vermelhidão), dor de cabeça e febre, em menor incidência. Eventualmente, podem ocorrer desmaios, formigamento nas pernas, fatos que podem ser observados ao se aplicar medicações injetáveis em adolescentes e não relacionado especificamente à vacina HPV, mas ao medo de tomar injeção.

  • O que fazer se sentir alguns desses sintomas após ser vacinado?

Recomenda-se que a pessoa permaneça sentada por 15 a 20 minutos, imediatamente após receber a vacina sem fazer esforços para prevenir possíveis reações.

No caso da aparição de sintomas durante os dias posteriores a vacinação, recomenda-se procurar uma unidade de saúde mais próxima relatando o que sentiu ou o que está sentindo.

  • Em quais situações a vacina contra o HPV não deve ser administrada em meninos/homens?

A vacina HPV é contraindicada e, portanto, não deve ser administrada em meninos/homens com:

  • Hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer um dos excipientes da vacina;
  • História de hipersensibilidade imediata grave a levedura; ou, que desenvolveram sintomas indicativos de hipersensibilidade grave após receber uma dose da vacina HPV.

FonteGabi Kopko, para o Blog da Saúde (clique aqui)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *