Pior do que se pensava
Fumar é muito pior do que se pensava. Além de todos os problemas já conhecidos, em especial devido às substâncias e à fumaça, outras características têm sido descobertas. O Instituto Britânico Wellcome Trust Sanger e do Laboratório Los Alamos, nos Estados Unidos, após investigar cinco mil tumores de pessoas fumantes e não fumantes, descobriu novos tipos de efeitos diretos e indiretos sobre o corpo de quem fuma.
De acordo com o estudo, as células que entram em contato direto com a fumaça inalada são as mais prejudicadas pelas substâncias cancerígenas, causando, inclusive, alteração no DNA da célula.
A pesquisa ainda revelou que a alteração genética não se dá somente no pulmão, mas também na cavidade oral, faringe e esôfago, além de outros órgãos. “Outras células do corpo sofreram apenas danos indiretos. O tabagismo parece afetar mecanismos-chave nessas células, que por sua vez alteram o DNA”, diz Dave Phillips, professor de Carcinogênese no King’s College, em Londres.
O estudo também revelou que há pelo menos cinco processos diferentes de danos ao DNA devido ao tabagismo. O mais verificado foi um processo que pareceu acelerar o relógio celular, envelhecendo e alterando de forma prematura o material genético.
O tabagismo ainda deixa uma marca, como uma impressão digital no corpo, identificada até trinta anos depois.
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