Carne ou defunto?
Parece terrível demais falar dessa maneira, mas analisando friamente, a carne que colocamos no prato nada mais é do que um ser morto, um defunto de animal.
Tanto soa mal pensar assim que, recentemente, estudo realizado por Jonas Kunst, da Universidade de Oslo (Noruega), averiguou que o ser humano dá nomes às carnes a fim de distanciá-las de sua origem animal. Isso ocorre como uma forma de negação, para não refletirmos sobre o fato de que estamos comendo um animal morto. “A apresentação da carne pela indústria influencia a nossa vontade de comê-la”. Nosso apetite é afetado tanto pelo o que chamamos ‘o prato’ que comemos, quanto por como a carne nos é apresentada,” disse Kunst.
O pesquisador explica que mesmo não vegetarianos têm menos propensão a comer carne quando se lembram de onde ela se originou. Tomar um pedaço de carne da parte de um animal parece mais chocante do que optar por um filé, por exemplo.
É por isso que as carnes processadas fazem sucesso, pois elas camuflam a realidade de que se trata de um animal no seu prato. Com carnes processadas há menos empatia pelos bichos e menos nojo em consumi-los.
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